Olá a todos!!
hoje o post seguiu um rumo diferente do previsto! No entanto acho que poderá ser interessante sabermos a origem do que se começa a vulgarizar, perdendo-se a verdadeira noção da ideologia que levou à criação de um determinado objeto ou de uma determinada mensagem.
Como estão a ver pelo título estou a falar da famosa frase Keep calm and carry on.
Podemos encontrá-la em tudo o que é blog e página de decoração, nas mais diversas utilizações. Confesso que lhe achei muita piada e de muito bom gosto. Gosto de tudo um pouco: da coroa, da cor e principalmente da mensagem. Ontem a minha sobrinha presenteou-me com uma imagem dessa aqui para o blog, e hoje decidi descobrir qual a origem de uma frase tão famosa, de um design tão clean e de um marketing tão bem sucedido que consegue arrastar multidões e levá-las a alterar a mensagem para tudo e mais qualquer coisa.
Ora vejam se não é verdade:
E
mais mil e uma coisas.....
O
que me preocupa é se saberemos nós o que está por detrás desta mensagem tão
simples mas tão uplifted?
Tenho
visto muitas utilizações que, uma vez percebido o significado me deixam triste
e outras que aceito.
Então,
aqui vai a história...
O
contexto histórico é a II Guerra Mundial, o cenário... Grã-Bretanha e o ano...
1939.
A
Europa sofria com a possibilidade de uma nova Grande Guerra e a Grã-Bretanha
inicia uma campanha, junto da sua população, para reforçar o moral de uma
população massacrada pelos bombardeamentos, principalmente, contra Londres.
Desta feita o Ministério da Informação, em Abril de 1939, antevendo o conflito
iminente que teve o seu início oficial com a invasão da Polónia a 1 de Setembro
pelos Nazis, inicia esta campanha apostando em vários cartazes, como meio de
chegar à maior parte da população. São concebidos 3 cartazes com mensagens a
apelar à resistência, coragem e confiança na vitória.
Os
dois primeiros cartazes estariam nas ruas pouco antes do início do conflito e o
famoso Keep calm (com o menor número de tiragens dos três) teve um
protagonismo menor, estando guardado para a eventualidade de uma invasão da Grã-Bretanha,
que não chegou a acontecer. O design, homogéneo, leva a uma rápida
identificação com o Ministério da Informação e a colocação da coroa britânica,
no topo dos cartazes, associa o rei Jorge VI (que se tornou monarca graças uma
linda história de amor do seu irmão mais velho!!!) a esta causa cívica.
Mais
tarde, um livreiro inglês e a sua mulher, celebrizaram o cartaz escondido e
esquecido, ao afixá-lo na frente da sua livraria iniciando, o que viria a ser,
uma febre mundial de utilização do original e alteração para diversos
fins.
O
que me leva a esta lição de História é advertir todos quantos gostam deste
cartaz, para a sua génese e impedir que, por respeito às pessoas que estiveram
envolvidas num conflito mundial que: fez o 50 milhões de vítimas; representa a
luta contra várias ditaduras mundiais (alemã, italiana e japonesa); deu a
conhecer o maior atentado contra a liberdade humana (Holocausto); envolveu
nações dos 5 continentes; utilizou a maior arma de destruição maciça e iniciou
um clima de insegurança mundial que nunca mais teve fim... nos passe ao
lado a força de uma expressão com tanto significado e que após tantos anos
encerra muito mais do que imaginámos.
Por
isso, se é adepto desta frase, e eu sou, utilize-a sempre com consciência, não
para se entristecer com o que ela representa/ou, mas ciente de que uma simples
mensagem é: intemporal, tem mais força do que uma bomba e arrasta mais
multidões do que um ditador.
De salientar que o designer do cartaz nunca foi conhecido....
Boas
aventuras!!!
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